Sumário
A cardiopatia isquêmica aborda dois grandes grupos de condições comuns, a angina (dor no peito) e o infarto agudo do miocárdio. Saiba como essas patologias se apresentam e como agir.
Introdução
A cardiopatia isquêmica está associada a altos índices de morbimortalidade, o que gera altos custos econômicos, principalmente em países desenvolvidos. Ainda, fatores como obesidade e diabetes, tão prevalentes atualmente, aumentam os fatores de risco para essa condição.
Ao longo desse artigo iremos abordar em detalhes a cardiopatia isquêmica! Entenda melhor como tudo funciona.
O que é
A cardiopatia isquêmica consiste em uma disfunção em que há suprimento insuficiente de sangue e oxigênio para uma região do coração. Assim, pode-se dizer que há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio no músculo.
Essa condição é causada devido ao estreitamento das artérias coronárias, que levam sangue oxigenado ao coração. Essa diminuição da “luz” do vaso (espaço em que o sangue passa), é causado principalmente por aterosclerose.
Causas
A causa mais comum de cardiopatia isquêmica consiste na aterosclerose, ou seja, o acúmulo de placas de gordura nas artérias coronárias. Assim, há diminuição do diâmetro da luz do vaso e dificuldade para a passagem do sangue, o que gera redução do fluxo sanguíneo.
Como exemplo dessas condições, tem-se patologias isquêmicas como infarto agudo do miocárdio e angina.
Sintomas
A angina (dor no peito) é uma cardiopatia isquêmica que se manifesta quando o coração necessita de um maior aporte sanguíneo, como em condições de exercício físico, por exemplo. Nessa situação, o estreitamento das artérias não permite que o aporte sanguíneo necessário chegue. Assim, o paciente sente dor no peito aos esforços.
Com a evolução da doença, em casos mais graves pode-se desenvolver angina já aos pequenos esforços e até em repouso. Essas situações devem ser abordadas no ambiente intra-hospitalar.
Importante ressaltar que a dor da angina possui características específicas, como sensação de aperto, compressão, constrição, estrangulamento ou queimação na região precordial (peito). Na maioria dos casos, o paciente descreve os sintomas levando a mão no peito.
Já o infarto configura uma condição de obstrução total de uma artéria coronária, o que pode gerar morte de parte do músculo cardíaco devido à falta de suprimento sanguíneo. O infarto gera forte dor no peito que pode irradiar para diversas regiões, mas principalmente para o pescoço e o braço esquerdo.
Outros sintomas de infarto agudo do miocárdio incluem náusea, sudorese, desconforto no estômago, falta de ar, entre outros.
Diagnóstico
O diagnóstico da cardiopatia isquêmica é clínico e é baseado na presença de fatores de risco e exames complementares. No geral, a história clínica e o exame físico associados a um eletrocardiograma e radiografia de tórax são úteis para o diagnóstico da maioria dos casos de dor no peito.
Tratamento
No geral, o tratamento da angina e do infarto agudo do miocárdio podem incluir tratamento não medicamentoso, uso de medicamentos, angioplastia ou cirurgia de revascularização.
No infarto, diz-se que “tempo é músculo”, ou seja, quanto antes o paciente for atendido por uma equipe em ambiente hospitalar, mais chances haverá de salvar a região muscular cardíaca que ficou sem oxigênio. O procedimento de cateterismo é realizado para demonstrar a anatomia e o grau de obstrução das artérias para definição do tratamento. No geral, é importante a intervenção percutânea e ou cirúrgica para desobstrução do vaso. Porém, cada caso deve ser avaliado individualmente.