Reabilitação cardiopulmonar

Tempo de Leitura: 3 min.
Data de Publicação: 28/12/2022
Sumário

Introdução

A reabilitação cardiopulmonar consiste em uma série de ações físicas, sociais e psicológicas coordenadas voltadas para pacientes que foram acometidos por doenças cardiopulmonares.

Assim como é importante a prevenção de problemas cardiovasculares e pulmonares por  meio de exercícios físicos, alimentação balanceada e cuidados psicológicos, o cuidado com aqueles que já sofreram algum tipo de evento é crucial, visto que o risco de ocorrer novamente geralmente é elevado.

Muitos pacientes pensam que exercícios físicos são proibidos para pacientes que tiveram algum evento cardiopulmonar. Porém, muitos exercícios moderados e regulares fazem parte da reabilitação para melhora na qualidade de vida e retorno às condições físicas prévias ao evento.

Nesse artigo falaremos sobre os detalhes da reabilitação cardiopulmonar! Leia até o final e veja se ela se aplica a você ou a alguém que você conhece!

O que é

A reabilitação cardiopulmonar visa proporcionar que o paciente retorne às suas atividades habituais da melhor forma possível, retorne à independência, dentro das suas possibilidades, e aprenda a controlar a ansiedade associada a algumas doenças. 

Cada paciente é avaliado individualmente e é elaborado um plano que supra as suas necessidades. Essas atividades são desenvolvidas em sessões de aproximadamente de 1 hora, durante 3 vezes na semana, ao longo de mais de 6 meses a depender do serviço onde é oferecida. 

Um programa de reabilitação cardiopulmonar pode contribuir para a diminuição de sintomas e aumentar a qualidade de vida dos pacientes. Desde os mínimos exercícios, desde que realizados com um acompanhamento seguro, já contribuem para gerar benefícios.

Indicações

No geral, a reabilitação cardiopulmonar é recomendada para pacientes com doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca, antecedentes de infarto agudo do miocárdio, entre outras. 

Ainda, a reabilitação cardiopulmonar pode ser indicada para pacientes que realizaram cirurgia de revascularização do miocárdio ou de valvopatia, implante de dispositivo cardíaco e angioplastia ou que possuem doenças da aorta e doença pulmonar obstrutiva crônica.

Antes da inserção em programas de reabilitação cardiopulmonar, o paciente deverá passar por uma avaliação com o cardiologista para liberação e, num segundo momento, por avaliação com equipe multiprofissional com o objetivo de desenvolver um planejamento específico e personalizado e também identificar possíveis contraindicações.

Como funciona

Há 4 principais pilares da reabilitação cardiopulmonar, cada qual com suas funções e objetivos específicos. A primeira consiste na fase intra-hospitalar, em que o paciente realiza a cirurgia ou sofre alguma intervenção que necessite de internação. Nessa fase, o objetivo é reduzir ao máximo ações que possam prejudicar a recuperação e otimizar o tempo até a alta hospitalar.

O segundo pilar tem como objetivo ajudar o paciente a recuperar as funções básicas, e orientá-lo em relação à sua saúde e iniciar exercícios físicos. Em terceiro, tem-se como meta aprimorar as condições físicas inserindo exercícios físicos na rotina. E, por último, espera-se manter o quadro clínico do paciente estável e promover saúde e bem-estar, continuando os exercícios e a rotina aprendidos nas fases anteriores. 

Benefícios

A reabilitação cardiopulmonar contribui para a prevenção de novos eventos de infarto agudo do miocárdio, ajuda na diminuição e controle dos fatores de risco e reduz o risco de internações e óbito associado a doenças cardiopulmonares.

No geral, os pacientes que seguem rigorosamente as atividades estipuladas conseguem desenvolver uma boa qualidade de vida que vai além da saúde física, incluindo aspectos sociais e mentais.

Dr. Edilberto Castilho
28/12/2022
CRM: 125.259   RQE: 61.301 - Cardiologia | 613.011 - Hemodinâmica e cardiologia intervencionista
·Graduado em medicina pelo Centro Universitário Barão de Mauá - Ribeirão Preto;
·Especialização em Clínica Médica pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo;
·Especialização de Cardiologia Clínica e Intervencionista pela Universidade Federal de São Paulo.
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