Saiba mais sobre a avaliação pré-operatória e sua importância

Tempo de Leitura: 3 min.
Data de Publicação: 07/09/2022
Sumário

A avaliação pré-operatória é um processo indispensável antes da realização de qualquer tipo de cirurgia em qualquer paciente. Ela avalia as condições de saúde da pessoa que irá realizar o procedimento e atesta que a cirurgia é segura. 

As avaliações pré-operatórias vão aumentar as chances de sucesso do procedimento, além de minimizar as chances de complicações.

Elas são solicitadas em qualquer tipo de cirurgia e são feitas por profissionais multidisciplinares, ou seja, de diversas especialidades. 

Para saber mais sobre a avaliação pré-operatória, confira o conteúdo exclusivo que preparamos para você!

O que é uma avaliação pré-operatória?

Conforme o próprio nome sugere, essa é uma avaliação que ocorre antes da cirurgia acontecer. O objetivo é investigar se existe qualquer problema que coloque em risco a saúde do paciente durante o procedimento. 

Essa avaliação acontece por meio de exames, que podem incluir de imagens, laboratoriais e físicos, dependendo de cada caso cirúrgico. 

A avaliação pré-operatória depende do tipo de cirurgia que será realizada

Para que a avaliação seja feita com êxito, é importante entender o tipo de cirurgia no qual o paciente será submetido, já que cada uma vai pedir diferentes tipos de exames para começar a avaliação.

Além disso, a parte do corpo no qual o procedimento vai acontecer ou se a cirurgia é de baixo, médio ou grande porte também influencia na avaliação pré-operatória.   

O que é considerado em uma avaliação pré-operatória?

De uma maneira geral, os principais exames pré-operatórios solicitados são:

  • Ecocardiograma;
  • Teste ergométrico;
  • Raio-x de tórax;
  • Hemograma completo;
  • Teste de coagulação;
  • Outros exames laboratoriais, como uréia, creatinina, glicemia, entre outros.

Além disso, o médico responsável pela cirurgia irá analisar o histórico do paciente, bem como o seu estado de saúde atual. 

Tudo isso será levado em consideração no momento de escolher qual a melhor abordagem para o caso em questão.

É importante lembrar que esses procedimentos são apenas para cirurgias eletivas. 

No caso de cirurgias de emergência, a avaliação pré-operatória considera o estado de saúde atual do paciente, os benefícios que ele terá ao realizar a cirurgia e se há algum risco já conhecido, como alergias ou outras doenças pré-existentes.

Riscos analisados pela avaliação pré-operatória

Conforme já falado acima, a principal função da avaliação pré-operatória é diminuir os riscos que os pacientes podem apresentar durante a cirurgia. 

Por isso, o paciente passa por uma avaliação com diversos médicos, que vão focar em pontos diferentes de análise, garantindo que qualquer tipo de complicação durante a operação seja minimizado.

Além disso, algumas doenças pré-existentes nos pacientes podem elevar o risco de uma cirurgia. Essas doenças são:

  • Hipertensão;
  • Arritmia;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Doenças pulmonares crônicas;
  • Diabetes;
  • Insuficiência renal;
  • Obesidade;
  • Problemas de coagulação. 

Caso algum desses riscos esteja muito alto, o médico traça estratégias que consigam diminuir ao máximo as chances de complicações, até que seja seguro realizar o procedimento.

Qual a importância de realizar a avaliação pré-operatória?

Conforme visto acima, a avaliação pré-operatória é essencial para garantir o sucesso da cirurgia.

De uma maneira geral, a avaliação pré-operatória, que também pode ser conhecida como risco pré-operatório, busca avaliar qual é o grau de risco daquele paciente quando ele for submetido à cirurgia.

Para padronizar a avaliação do risco cirúrgico, são utilizados alguns sistemas de classificação universal.

Um dos mais conhecidos é o ASA (American Society of Anesthesiologists), que é dividido em 6 categorias. Quanto maior for a classificação, maior é o risco do paciente. 

Confira a seguir: 

  • ASA 1 - utilizada para pacientes que não possuem nenhum distúrbio, seja ele físico ou psicológico;
  • ASA 2 - indica que o paciente possui alguma doença leve, que está sob controle, mas pode afetar, de alguma forma, a anestesia ou a cirurgia;
  • ASA 3 - indica que o paciente possui um problema que compromete a atividade normal do seu dia a dia e possui maiores chances de afetar a anestesia ou a cirurgia;
  • ASA 4 - utilizada quando o paciente possui uma desordem severa, que pode levar à morte e que irá impactar na anestesia e cirurgia;
  • ASA 5 - utilizada para representar pacientes desfalecidos, que dependem da cirurgia em questão para sobreviverem mais do que 24 horas;
  • ASA 6 - indica os pacientes que sofreram morte cerebral e farão a cirurgia para a retirada e doação dos órgãos.
Dr. Edilberto Castilho
07/09/2022
CRM: 125.259   RQE: 61.301 - Cardiologia | 613.011 - Hemodinâmica e cardiologia intervencionista
·Graduado em medicina pelo Centro Universitário Barão de Mauá - Ribeirão Preto;
·Especialização em Clínica Médica pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo;
·Especialização de Cardiologia Clínica e Intervencionista pela Universidade Federal de São Paulo.
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